sábado, 26 de dezembro de 2020
domingo, 29 de novembro de 2020
ADVENTO: “sentir
o tempo”
“Ficai
atentos, porque não sabeis quando chegará o momento”
(Mc 13,33)
Texto bíblico: Mc 13,33-37
Com o Advento, iniciamos mais um novo “tempo litúrgico”. Qual o sentido
dos tempos litúrgicos?
Podemos representá-los graficamente, visualizando um círculo onde
começamos com o Advento, percorre-mos os “tempos” da vida de Jesus, com suas
celebrações mais importantes, e o “tempo comum”, que culmi-na com a festa de
Cristo Rei.
Acaso
não é assim o grande círculo da vida? Tempos
para gestar a vida, para trazê-la à luz, para alimentá-la e cuidá-la, “tempos
comuns” para descobrir a inspiração do viver cotidiano, buscando o sentido de
tudo o que fazemos e o que acontece ao nosso redor; às vezes, estes tempos são áridos
e cinzentos, outras vezes, iluminantes e coloridos; tempos com a marca da
solidão e da perda e tempos de primavera em que a vida brota de novo... Podemos
dizer que nós, como num espelho, nos vemos no tempo litúrgico, para compreen-der
e inspirar nossa vida a partir de “Jesus” e da “comunidade cristã”.
Vivemos hoje tempos conturbados, tensos...; partilhamos um momento de
grande inquietação social, de aridez espiritual, de drama sanitário, de
distúrbios existenciais, de profundos dilemas morais...
No entanto, resistimos!
Em meio às sombras, perplexidades, contradições, provocações e promessas, que
constituem o atual momento histórico, queremos expressar a fé no futuro da nossa vida.
Ainda que soframos
ventos contrários e as nuvens se adensem no horizonte, sabemos e confessamos
com o profeta Jeremias, e pela graça do Espírito, que “há esperança de um futuro” (31,17).
Para cada momento
histórico sempre foi válido o alerta de Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso”.
A liturgia deste primeiro domingo de Advento se
atreve a proclamar de novo sua esperança,
como uma grande trombeta, que não chama para a morte, mas para a vida.
A esperança é um princípio vital, expresso
na sábia constatação de que “enquanto há
vida, há espe-rança”. Mesmo diante de
desafios quase intransponíveis, consideramos possível ser de outro modo, inven-tamos
e reinventamos opções, criamos novas saídas... e, sem cessar, sonhamos com o “mais”
e o “melhor”.
A esperança cristã destrói os “germes
de resignação” da sociedade moderna e combate a “atrofia espiritual” dos
satisfeitos. Por isso, a esperança cristã tem os pés plantados no “hoje” da
nossa história, inspirando o esforço de transformação deste mundo marcado por
muitos sinais de morte.
É ela que introduz
na sociedade a sede de justiça e o compromisso
de humanização.
Aquele que vive
com esperança se sente impulsionado
a fazer
o que espera.
Nesse sentido, o
futuro esperado se converte em
projeto de ação e compromisso.
Ao adentrarmos, mais uma vez, no tempo do Advento, sentimos ressoar, no mais
íntimo, a voz do Mestre da Galiléia, que nos convida a estar vigilantes e
atentos, a viver despertos...
A “vigilância”, de que fala o
evangelho, é o outro nome para a atitude de “atenção”.
Para Simone Weil
“a atenção é uma prece”, pois ela nos mobiliza
para uma aliança com o “hoje” da vida; se não formos prudentes e generosos para
manter os olhos bem abertos sobre o presente, perderemos a possibilidade do encontro
com o surpreendente. Viver tem a marca da simplicidade, que precisamos
redescobrir, despojando-nos de todas as cataratas existenciais que bloqueiam a
visão, para deixar-nos conduzir pelo fluir contemplativo. Estamos muitas vezes
alienados da vida, separados dela por uma muralha de discursos, de ideias
vazias, de esperanças confusas... Com o
olhar contemplativo, podemos perfurar esse muro e deixar-nos impactar pelo novo
que se revela do outro lado.
Somos seres “desejantes”. O
instigante tempo do Advento ativa em nós os desejos mais nobres e oblati-vos, nos fazem ultrapassar a barreira
do imediato e entrar no movimento que nos impulsiona a ir além, a entrar em
sintonia com Aquele que vem e, ao mesmo tempo, já está presente. Desejar o
encontro com “Aquele que vem” nos sensibiliza a perceber presente “Aquele que
é”.
Por isso, o evangelho
de hoje nos apresenta uma imagem sugestiva, que reúne no desejo duas atitudes
importantes: o tempo da espera e o permanecer em vigília,
ambas vivido no “estar despertos”.
A espera e a vigília da vinda plena do Senhor
não nos afastam da realidade presente. Pelo contrário, faz-nos encarnar mais
lucidamente nela.
Nesse
novo tempo litúrgico, a comunidade cristã permanece à escuta dos passos de
Deus, em nosso mundo,
em
nossa vida. Porque o novo, não vem de fora, mas o sentimos e o tocamos por
dentro.
Aquele que
espera o encontro com o Senhor começa a ler a história como história redentora;
descobre os momentos de inovação; é capaz de ver as libertações sendo gestadas
no silêncio; conecta com as promessas ainda abertas e pendentes: a nova
aliança, o novo povo, o novo êxodo, o Messias...
A atitude de
vigília nos faz descobrir os sinais da chegada do Reino no tempo: não nos contentamos com o tempo vazio, “normótico” e sempre
igual a si mesmo; descobrimos o tempo de salvação no qual há revelação e
realização do novo, da justiça e da graça.
Os “esperantes”
cristãos precisam aprender a “ressignificar” o tempo, pois o tempo de Deus e do Reino é o tempo da decisão em
favor da vida (kairós). O reino tem seu tempo e seu ritmo. Não é questão de
pressas, não é questão de datas e lugares, não é questão de cálculos. Tentar
acelerar sua vinda seria como esticar o talo da planta para que cresça mais
rápido. O importante é ter a paciência de quem sabe que a semente do Reino está
semeada em nossa história e ninguém poderá deter seu desenvolvimento.
Nesta tremenda e instigante história, da qual
fazemos parte, precisamos nos situar bem. Não só com a cabeça, pois aí já temos
as coisas mais ou menos claras, mas com nossa sensibilidade, com compaixão, com
nossos modos de falar e de olhar, com aquilo que deixamos que toque e afete às
nossas vidas. Trata-se da sabedoria de “sentir o tempo”.
Diante do tempo dramático que vivemos, nossa
tentação é querer saltá-lo, fugindo de suas exigências.
Advento vem ser, então, um tempo para voltarmos para
o interior em meio à agitação, olhar para dentro e deixar-nos perguntar: presto
atenção à história que todos vivemos,
às suas dores e à sua beleza? Reconheço seus poderes (augustos, herodes,
quirinos) e a vida vulnerável de Deus iluminando-se nela, apesar de tudo?
Somos iniciados
a “sentir o tempo” de um modo novo, a fazer-nos amigos dele, a nomear e
acompanhar o tempo que nos toca viver, a habitar com intensidade todas as
etapas de nossa existência. Cada momento esconde sua pérola, e é muito
emocionante poder chegar a descobri-la. Precisamos recuperar a força do “hoje”
de Deus fazendo “memória” dos grandes personagens do passado: Isaías, Jeremias, Elias, João Batista, Isabel,
Maria de Nazaré, José... Eles continuam falando, continuam desvelando sinais de
vida plena na história presente. Só uma sensibilidade marcada pelo tempo do
Advento é capaz de entrar em sintonia com as surpre-sas
de Deus; e a história é o rumor dos Seus passos.
Na
oração:
Caminhamos
para Deus quanto mais nos adentramos no profundo de
nós mesmos e da realidade. O maior enraizamento no tempo
que nos toca viver desperta maior sensibilidade para sermos surpreendidos pelo
novo que brota nos lugares menos esperados; é precisamente ali onde a vida
renasce e amadurece.
- Como você se situa diante deste “tempo
pandêmico”? Desespero? Medo? Desejo de saltá-lo?...
- Qual é o “novo” que você vislumbra no
meio deste tempo? Você percebe algum sentido nele? Para onde ele aponta? É revelador de algo diferente?...
Adroaldo Palaoro
20 Anos do Projeto SER MAIS
O Projeto
SER MAIS está comemorando 20 anos de atuação no Gama- DF. Essa é uma data muito
especial e que tem sido esperada há muitos meses.
Com
a pandemia do novo coronavírus, alguns planos precisaram ser mudados, mas nem
por isso deixamos de celebrar.
No
dia 21 de outubro tivemos um momento muito especial, nossa ação de graças com a
celebração da Santa Missa presidida pelo Pe. Milan, em gratidão a Deus pelo
aniversário. Na celebração, pudemos comemorar e sentir como Deus nos acompanhou
durante todo esse tempo.
Durante
a celebração, conseguimos sentir o carinho e a admiração pela história do
Projeto SER MAIS através das lembranças e historias de todos esses anos.
Além da celebração, estamos produzindo alguns
conteúdos em comemoração pelos 20 anos. Estamos reunindo fotos, testemunhos de
parceiros, histórias de transformação de crianças e adolescentes para ser
exibida em nossa plataforma.
Mesmo
em um tempo difícil como o que estamos vivendo, acreditamos que devemos nos
lembrar de tantas coisas boas que passamos nesses 20 anos: cada voluntário;
parcerias; educadores e multiplicadores; doadores , etc.
Somos
gratos a Deus por tudo que Ele fez em nós e através de nós e por essa celebração
com gosto de comemoração.
A
equipe toda estava presente, e um almoço especial marcou também o momento,
preparado com muito carinho pelos próprios educadores.
todos
trabalham com afinco e alegria pela transformação da realidade desses pequenos
cidadãos.
domingo, 27 de setembro de 2020
Jesus...
Jesus, presença viva do Pai, a nossa vida é estar junto a Ti! Tu nos amas com imenso amor. Mergulha-nos no mistério do teu amor infinito.
Espírito, Ruah, enche a nossa vida do teu alento, da tua
inspiração.
Espírito de amor, cristifica os nossos sentimentos,
alimenta a nossa confiança. Que nos deixemos surpreender por Ti, abrindo a
nossa mente e o nosso coração a Tua ação nas coisas mias simples.
Que vivamos em Ti, na tua presença.Vida unificada e
integrada em Ti.
Que a tua Palavra crie raízes no nosso coração para que
seja em nós palavra de salvação!
Espirito Santo esculpe em nós o coração de Cristo!
domingo, 30 de agosto de 2020
CENTRO
COMUNITARIO: NOSSA SENHORA DA PROVIDENCIA. Lago Azul, Novo Gama. Go -Brasil
Irmãs
Beneditinas da Providencia
O Centro Nossa Senhora da Providência é um lugar de paz, de
acolhida e de acolhida.
Trabalhamos para formar crianças, jovens e adultos para serem capazes de somar e transformar a sociedade.
Oferecemos cursos que
ajudam na capacitação de jovens e adultos. Temos varias
atividades como culinária, para adultos fortes que procuram aprender para trabalhar
com o que gostam, sem se esquecer das oficinas de teatro e capoeira que estimulam a criatividade o trabalho em
equipe , o respeito com o próximo, a ter caráter e ética , a aceitar as diferenças.
Também temos a "lojinha da providencia" que recebe doações de roupas e calcados ,que são revendidas com baixo custo e ajuda as
famílias que precisam.
A biblioteca comunitária "Aldeia do conhecimento",
com livros diversos, incentiva a imaginação, recebe crianças e jovens e adultos
com incentivos a leitura, ensinando-os a
gostar de ler e alimentar sonhos e aventuras, dando a oportunidade de sair de
si mesmos e voar alto. O Centro possui
uma área com jardim e arvores que
nos proporcionam uma tranquilidade e muita
paz. E ainda mais, temos outros
trabalhos de catequese, onde jovens voluntários dão catequese para crianças,
doando tempo e amor para transmitir a Palavra de Jesus e o seu modo de viver, a
sua pessoa, ajudando a ser , cada mais
os seus discípulos e discípulas.
Ajudamos as famílias carentes com cestas básicas, cestas que
não só contem alimentos mas amor e muito
carinho.
As crianças que participam das oficinas recebem lanches ao
final das atividades .
Por culpa da pandemia do coronavirus tivemos que nos
adaptar pois estamos por momentos
difíceis, mas os trabalhos não param, as catequeses são online, as
entregas das cestas continuam também, mas agora com higienização e cuidados
para que todos fiquem protegidos.
A vida sempre terá muitos obstáculos e dificuldades, mas aqui
aprendemos que essas dificuldades nos fortalecem.
Não podemos esquecer as pessoas que estão por trás desse grande projeto as Irmãs Beneditinas da Providencia que lutam pela igualdade, pelo respeito, pela justiça. Elas que ajudam e ajudaram muitas pessoas, essa historia de luta de superação e de providencia. Grandes feitos que são percebidos através dessas obras que mudam vidas, que guiam voluntários e não deixam desanimar e que ensinam grandes valores. Sempre providenciando um mundo melhor!
Por Debora Brito