quarta-feira, 22 de abril de 2020


5°-   Encontro  23/04/2020
FRATERNIDADE DO ABANDONO NA PROVIDENCIA

 Jesus ressuscitou, Ele é o motivo de nossa confiança!
Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé”, é o que o Apóstolo Paulo vai nos dizer. Se Cristo não tivesse ressuscitado, o homem se colocaria no centro, e não Deus; porém, se vivemos a Ressurreição, compreendemos que algo extremamente novo aconteceu, e isso muda o mundo e toda e qualquer situação.
Se Ele ressuscitou, Ele é o critério no qual podemos confiar a nossa vida. É algo tão extraordinário, tão poderoso tudo o que Jesus viveu!

CONFIANÇA

Sob as  pegadas de Santa Benedita, nós procuramos na Palavra de Deus o fundamento da nossa espiritualidade para viver-La e coloca-la como “ Projeto de vida “ para os outros.
“ Caminhemos sempre na Presença de Deus”, está escrito nas nossas Constituições .
No livro do Gen, Cp17, Deus fala a Abrão ; “Anda na minha Presença”.
Estas palavras, Deus, fala hoje para cada um de nós.. Caminho no qual, Deus Providência, quere que  sejamos felizes, é o caminho da vida...de cada dia...Ele  nos pede que ajudemos os outros a serem felizes.
 Neste caminho estão  escondidos muitos imprevistos, muitas coisas bonitas, dificuldades, alegrias...mais é no caminho, vivendo na confiança em Deus, que experimentamos a Presença de Deus...porque ela faz milagres com a nossa pequenez...quando vivemos “ confiantes” no seu Amor.

Confiança é viver abandonados nas mãos de Deus.

Confiança é saber aceitar e reconhecer os próprios limites, para que Deus os transforme, Ele é o dono da minha vida.

Confiança é deixar  a  vida nas mãos de Deus, e pedir que ELE  faça o Seu projeto .

"A maior prova de amor é a confiança."

VAMOS CANTAR!!!
  

      CANTO   ITALIANO
Solo in Dio trovo la mia pace, solo in Dio la felicitá.
Solo in Dio riposa la mia vita, mi protegge la sua fedeltá. (bis)

Li soltanto mia roccia e mia salvezza, mia difesa non vacilleró.
Mia speranza mia forza contro il male, Solo in Dio io confideró.(bis)

Ogni uomo é soltanto un soffio. Ogni cosa passa e se ne va.
Solo in Dio trovo sicureza, solo in lui trovo eternitá. (bis)


 “Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a uma amoreia…” A fé não deve ser pequena ou grande, mas autêntica. A característica da fé autêntica é apoiar-se unicamente em Deus e não nas próprias forças. Sair de si e ir ao encontro do Outro. A fé que Jesus espera de seus discípulos é uma atitude de confiança em Deus, permitindo que ele manifeste seu amor e misericórdia. Principalmente nos momentos difíceis em que Deus parasse calar-se. É preciso confiar e se jogar no absoluto que encontra em Deus.



Oração de confiança

Senhor, estou na tua presença! Eu confio em Ti!
Estou, pois, certo de que serei eternamente feliz, porque firmemente espero sê-lo. E é de Vós, ó meu Deus, que o espero. Confiei em Vós, Senhor, e jamais serei desiludido (Cf. Ps, 2).Espero em teu amor, e que também  eu Vos hei de amar incessantemente.  Em  Vos espero, ó meu Criador, para o tempo e para a eternidade. Amém.
IRMÃS BENEDITINAS DA PROVIDÊNCIA 2020



terça-feira, 7 de abril de 2020


Em tua casa vou celebrar a ceia pascal...”
+ Prepare-se para viver este momento denso da Última Ceia; por isso, disponibilize todo seu ser (sentidos, razão, afetividade, coração) para “sentir e saborear” este Mistério.
+ Suplique a Deus a graça da fidelidade a seu Projeto de vida, mesmo nas dificuldades e na falta de apoio dos outros.
+ Leia os “pontos para a oração”: isso pode ajudar a aquecer o coração para viver mais intimamente o encontro com o Senhor que está às portas de sua Paixão.
+ Deixe que as considerações abaixo façam-lhe sentir solidário(a) com Jesus que, apesar das traições, mantém sua fidelidade ao sonho do Reino.

Mais uma vez a liturgia nos convida a “fazer memória” desta Ceia tão especial. Jesus havia transitado por muitas refeições, participado de muitas mesas (especialmente com os pobres e pecadores) e agora Ele nos deixa uma “mesa” como marca dos seus seguidores. Mesa da partilha e da inclusão, mesa da festa e da comunhão.

É em torno a esta mesa que os(as) seguidores(as) de Jesus se constituem como verdadeira comunidade. Ao recordar a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus, os cristãos se comprometem a prolongar os Seus gestos, atitudes, valores, compromissos... “Fazer memória” de Jesus junto à mesa é comprometer-se com a vida; é colocar a própria vida a serviço da vida.

Jesus quer cear com os seus amigos e por isso precisam encontrar uma sala na qual haja espaço para estar juntos. O ritual pascal dá lugar aos gestos simples que se fazem entre amigos: partilhar o pão, beber da mesma taça, desfrutar da mútua intimidade, entrar no clima das confidências...
Jesus sempre buscou companhia; havia nele uma necessidade irresistível de contar com os seus como amigos e confidentes.Sua relação com eles vinha de longe: levavam longo tempo caminhando, descansando e tomando refeições juntos, partilhando alegrias e rejeições, falando das coisas do Reino.
E continuará considerando-os como amigos, mesmo quando um deles irá traí-lo e os outros fugirão.

Nos evangelhos, nós encontramos pessoas que não faziam parte do grupo dos Doze e que revelaram uma presença que fez toda a diferença junto a Jesus. Viviam o verdadeiro sentido do seguimento, sem buscar prestígio, vaidade, poder, competição... Pessoas que se revelaram muito mais em sintonia com Jesus e sua proposta de vida do que os Doze. Uma delas foi a do homem do Evangelho de hoje: anônimo, mas deu sua contribuição decisiva e que ficou registrada na história; sua casa foi o lugar onde aconteceu a última Ceia.
Chama-nos a atenção, no Evangelho proposto para hoje, a maneira como Jesus indicou aos discípulos o local onde queria que a Ceia fosse celebrada. Jesus mandou-os seguir um homem que encontrariam à entrada da cidade. Junto a personagens conhecidos nos Evangelhos, outros, sem rosto, nem identidade, nem prota-gonismo, surgem inesperadamente, deixando sua “marca”, como o desconhecido homem que emprestou sua casa para que Jesus e seus discípulos pudessem celebrar a Páscoa.
Anônimo perante a posteridade, sem rosto, porque era seguido pelos que vinham atrás dele, este homem, de certo modo e do modo certo, serviu a Jesus como a Igreja deve serví-Lo, sem perguntar qual seria seu lugar à mesa.
O que teve lugar dentro de sua casa, transformada no mais importante templo material da história humana, seria mais do que suficiente para arrancar dele alguma expressão de vaidade capturada pelo evangelista. Mas não. Não é isso que acontece na História da Salvação.
Oferece a casa sem perguntar quem viria celebrar a Páscoa, sem pedir garantias, sem cobrar aluguel pelo espaço; enquanto os sacerdotes e Judas pechinchavam o valor da vida de Jesus, este desconhecido, por pura gratuidade, oferece sua casa ao mesmo Jesus. Certamente, ele e sua família foram testemunhas desta ceia única e especial, e que será a marca de todo(a) seguidor(a) de Jesus.

Jesus era da Galileia. Não tinha casa em Jerusalém.  Nos dias da festa de Páscoa, a população de Jerusalém triplicava. Não era fácil para Jesus encontrar uma sala ampla para poder celebrar a Páscoa junto com os seus mais íntimos. Ele pede para os discípulos encontrarem uma pessoa em cuja casa decidiu celebrar a Páscoa. O Evangelho não oferece mais informações e deixa que a imaginação complete o que falta nas informações. Era um conhecido de Jesus? Um parente? Um discípulo? 
Aquele homem desconhecido que abriu sua casa para Jesus representa todos nós; cabe a nós mostrar o caminho do local da Ceia, cabe a nós preparar a mesa da partilha, abrir espaço interior para acolhida, indicar o rumo que leva à casa do Pai.Orientadores(as) do povo de Deus, abrimos as portas da grande sala e a confiamos ao Mestre para que realize, ali, o imenso dom da Eucaristia, “como aquele que serve”.

Ontem o Evangelho falou da traição de Judas e da negação de Pedro. Hoje, fala novamente da traição de Judas. Apesar da convivência de quase três anos, nenhum dos discípulos ficou para tomar a defesa de Jesus. Judas traiu, Pedro negou, todos fugiram. Mateus, no Evangelho de hoje, quer ressaltar que o acolhimento e o amor de Jesus superam a derrota e o fracasso dos discípulos. Ele deixa entender que nós podemos romper com Jesus, mas Jesus nunca rompe conosco. O seu amor é maior do que a nossa infidelidade.
Estando todos reunidos pela última vez, Jesus anuncia quem é o traidor. É "aquele que põea mão no pratocomigo". Para os judeus, a comunhão de mesa, colocar juntos a mão no mesmo prato, era a expressão máxi-
ma da amizade, da intimidade e da confiança. Mateus nos indica que, apesar da traição ser feita por alguém muito amigo, o amor de Jesus é maior que a traição.

Poucas experiências destroem alguém por dentro como a traição.
A traição que, à primeira vista, pode parecer ser prejudicial apenas ao outro, de maneira geral, vem acompanhada de um forte sentimento de culpa para o traidor. E ao sentir a culpa pela traição, a pessoa entra em conflito emocional; algumas caem até no desespero.
Aquele que traiu sofre, pois este não confia em si mesmo, não consegue acreditar que mereça confiança. O traidor condena-se à solidão e à culpa existencial, destrói-se e destrói todos ao seu redor, culpando o mundo por seu sofrimento; trai-se a si mesmo, torna-se, aos seus próprios olhos, um monstro, não merecedor de amor, o que o leva a trair mais ainda.
Se a pessoa trai a si mesma, ela fracassa em sua busca, frustrando-se na tentativa de realizar-se enquanto ser humano. E, na ausência de respostas, angustia-se mais, trai mais, atropela os outros que a amam, machuca a todos ao seu redor, procurando justificativas para seus atos e destruindo-se a si mesma em cada nova tentativa de ser amada.

+ Leia atentamente o relato do Evangelho indicado para hoje: Mt 26,14-25
+Prepare-se para uma contemplação. Com a imaginação, faça-se presente à cena, indo com os discípulos para preparar o ambiente da Última Ceia.
+ Procure ativar todos os sentidos: olhe as pessoas da cena, escute o que elas dizem, observe o que elas fazem, saboreie o pão e o vinho dados a você por Jesus...
+ Participe, com alegria, deste evento único; deixe-se afetar por tudo o que acontece durante a refeição. Reserve um momento de colóquio com Jesus, expressando a Ele seus sentimentos.
+ Faça um colóquio ao Senhor: converse com Ele sobre os sentimentos contraditórios que nascem da fidelidade d’Ele e da traição de Judas.
+ Termine a oração, dando graças a Deus por este momento tão intenso; se possível, registre os apelos, luzes, inspirações, que brotaram da oração.
 ADROALDO PALAORO