quinta-feira, 16 de outubro de 2014
MARIA MODELO DE FE ( PAPA FRANCISCO)
Continuando as catequeses sobre a Igreja, hoje gostaria de
olhar para Maria como imagem e modelo da Igreja. Faço isso retomando uma
expressão do Concílio Vaticano II. Diz a Constituição Lumen gentium: “Como já
ensinava Santo Ambrósio, a Mãe de Deus é figura da Igreja na ordem da fé, da
caridade e da perfeita união com Cristo” (n. 63).
1. Partamos do primeiro aspecto, Maria como modelo de fé. Em
que sentido Maria representa um modelo para a fé da Igreja? Pensemos em quem
era a Virgem Maria: uma moça judia, que esperava com todo o coração a redenção
do seu povo. Mas naquele coração de jovem filha de Israel havia um segredo que
ela mesma ainda não conhecia: no desígnio do amor de Deus estava destinada a
tornar-se a Mãe do Redentor. Na Anunciação, o Mensageiro de Deus chama-a “cheia
de graça” e lhe revela este projeto. Maria responde “sim” e daquele momento a
fé de Maria recebe uma luz nova: concentra-se em Jesus, o Filho de Deus que
dela se fez carne e no qual se cumprem as promessas de toda a história da
salvação. A fé de Maria é o cumprimento da fé de Israel, nela está justamente
concentrado todo o caminho, toda a estrada daquele povo que esperava a
redenção, neste sentido é o modelo da fé da Igreja que tem como centro Cristo,
encarnação do amor infinito de Deus.
Como Maria viveu esta fé? Viveu na simplicidade das mil
ocupações e preocupações cotidianas de toda mãe, como fornecer o alimento, a
vestimenta, cuidar da casa… Justamente esta existência normal de Maria foi
terreno onde se desenvolveu uma relação singular e um diálogo profundo entre
ela e Deus, entre ela e o seu Filho. O “sim” de Maria, já perfeito desde o
início, cresceu até o momento da Cruz. Ali a sua maternidade se espalhou
abraçando cada um de nós, a nossa vida, para nos guiar ao seu Filho. Maria
viveu sempre imersa no mistério de Deus feito homem, como sua primeira e
perfeita discípula, meditando cada coisa no seu coração à luz do Espírito
Santo, para compreender e colocar em prática toda a vontade de Deus.
Podemos fazer-nos uma pergunta: deixamo-nos iluminar pela fé de Maria, que é nossa Mãe? Ou a pensamos distante, muito diferente de nós? Nos momentos de dificuldade, de provação, de escuridão, olhamos para ela como modelo de confiança em Deus, que quer sempre e somente o nosso bem? Pensemos nisso, talvez nos fará bem encontrar Maria como modelo e figura da Igreja nesta fé que ela tinha!
Podemos fazer-nos uma pergunta: deixamo-nos iluminar pela fé de Maria, que é nossa Mãe? Ou a pensamos distante, muito diferente de nós? Nos momentos de dificuldade, de provação, de escuridão, olhamos para ela como modelo de confiança em Deus, que quer sempre e somente o nosso bem? Pensemos nisso, talvez nos fará bem encontrar Maria como modelo e figura da Igreja nesta fé que ela tinha!
2. Vamos ao segundo aspecto: Maria modelo de caridade. De
que modo Maria é para a Igreja exemplo vivo de amor? Pensemos em sua
disponibilidade para com a prima Isabel. Visitando-a, a Virgem Maria não lhe
levou somente uma ajuda material, também isto, mas levou Jesus, que já vivia em
seu ventre. Levar Jesus àquela casa queria dizer levar a alegria, a alegria
plena. Isabel e Zacarias estavam felizes pela gravidez que parecia impossível
em sua idade, mas é a jovem Maria que leva a eles a alegria plena, aquela que
vem de Jesus e do Espírito Santo e se exprime na caridade gratuita, no
partilhar, no ajudar, no compreender.
Nossa Senhora quer trazer também a nós o grande presente que
é Jesus e com Ele nos traz o seu amor, a sua paz, a sua alegria. Assim é a
Igreja, é como Maria: a Igreja não é um negócio, não é uma agência humanitária,
a Igreja não é uma ONG, a Igreja é enviada a levar Cristo e o seu Evangelho a
todos; não leva a si mesma – se pequena, se grande, se forte, se frágil, a
Igreja leva Jesus e deve ser como Maria quando foi visitar Isabel. O que levava
Maria? Jesus. A Igreja leva Jesus: este é o centro da Igreja, levar Jesus! Se
por hipótese, uma vez acontecesse que a Igreja não levasse Jesus, aquela seria
uma Igreja morta! A Igreja deve levar a caridade de Jesus, o amor de Deus, a
caridade de Jesus.
Falamos de Maria, de Jesus. E nós? Nós que somos a Igreja?
Qual é o amor que levamos aos outros? É o amor de Jesus, que partilha, que
perdoa, que acompanha, ou é um amor aguado, como se diluísse o vinho com água?
É um amor forte ou frágil, tanto que segue as simpatias, que procura um
retorno, um amor interessado? Outra pergunta: Jesus gosta do amor interessado?
Não, não gosta, porque o amor deve ser gratuito, como o seu. Como são as
relações nas nossas paróquias, nas nossas comunidades? Nós nos tratamos como
irmãos e irmãs? Ou nos julgamos, falamos mal uns dos outros, cuidamos de cada
um como o próprio jardim, ou cuidamos uns dos outros? São perguntas de
caridade!
3. Brevemente um último aspecto: Maria modelo de união com
Cristo. A vida da Virgem Maria foi a vida de uma mulher do seu povo: Maria
rezava, trabalhava, ia à sinagoga… Mas cada ação era cumprida sempre em união
perfeita com Jesus. Esta união alcança o ponto alto no Calvário: aqui Maria se
une ao Filho no martírio do coração e na oferta da vida ao Pai pela salvação da
humanidade. Nossa Senhora fez sua a dor do Filho e aceitou com Ele a vontade do
Pai, naquela obediência que dá frutos, que dá a verdadeira vitória sobre o mal
e sobre a morte.
É muito bonita esta realidade que Maria nos ensina: ser
sempre mais unidos a Jesus. Podemos perguntar-nos: nós nos lembramos de Jesus
somente quando algo não vai bem e temos necessidade ou a nossa relação é
constante, uma amizade profunda, mesmo quando se trata de segui-Lo no caminho
da cruz?
Peçamos ao Senhor que nos doe a sua graça, a sua força, a
fim de que na nossa vida e na vida de cada comunidade eclesial reflita-se o
modelo de Maria, Mãe da Igreja. Assim seja!
domingo, 12 de outubro de 2014
domingo, 21 de setembro de 2014
O Jesus, abre os
olhos da minha alma a não permitas que o meu coração se torne insensível a Tua
Palavra, as tuas caricias, a os teus movimentos de amor! O Jesus, vem a mim
continuamente, que eu mergulhe em Ti, que os medos, orgulho, sentimentalismo, o
individualismo não impeçam ir a Ti.
A tua Palavra contêm em si mesma uma potência criadora (
enteléquia)...a Palavra acolhida em mim libera uma energia positiva mas que uma
bomba atômica! Energia criadora do bem e do amor, da humildade e da
generosidade, que transforma em vida todo o que está ao redor! Jesus,
transforma-me na tua palavra, transforma-me no teu amor...A pessoa transformada
pela palavra re-florece todo por onde
passa...a sua existência é uma benção...o Espírito do Pai e de
Jesus fecunda-nos com a tua palavra!
domingo, 24 de agosto de 2014
Evangelho
de Mt 16,13-20
É pela fé que reconhecemos Jesus como o nosso Deus e Senhor, o que
não é fruto do esforço humano e sim, do acolhimento a este dom de Deus que é a
fé. Mas
não basta reconhecer Jesus como o Nosso Deus e Senhor e nem ser somente um admirador de suas palavras, é preciso
comprometer-se com Ele, testemunhá-Lo no nosso dia a dia, aceitar o seu
chamado, aderindo à sua proposta de vida nova!
Muitas vezes, professamos a nossa fé em Jesus, e até sentimos atraídos
pelas suas palavras, mas quando tomamos conhecimento de que no seguimento a
Ele inclui a cruz, tendemos a recuar, temos medo, um sinal de que ainda não
temos uma fé suficientemente madura para aceitarmos o desafio da cruz!
O evangelho que a liturgia nos
apresenta, vêm nos despertar para a importância de conhecermos bem
Jesus, de nos tornar íntimos Dele! Sem aprofundarmos no
conhecimento à Jesus, ficamos no superficial da fé, na lógica dos homens, não
vamos compreender que para ganhar a vida, é preciso passar pela cruz.
O texto nos diz que Jesus, no desejo de saber se os seus discípulos já
haviam entendido o seu messianismo, pergunta-lhes: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem? Para esta pergunta, surgiram várias resposta,
afinal, é fácil responder em nome do outro, não compromete! Já quando esta
mesma pergunta, é direcionada aos próprios discípulos, vem o silencio, pois
desta vez, a pergunta requer uma resposta pessoal, uma resposta que exige
comprometimento.
Pedro foi o único que
respondeu, e respondeu com firmeza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.”
Esta resposta agradou Jesus, pois Ele sabia que esta afirmação de Pedro, era
fruto da sua convivência com Ele! Por
esta profissão de fé, Pedro é convocado para uma missão desafiadora: ser a pedra, sobre a
qual, Jesus edificaria a sua Igreja. “... Tu és Pedro, e sobre esta
pedra construirei a minha Igreja...”
Este episódio chama a
nossa atenção sobre a responsabilidade de quem afirma conhecer Jesus! Saber
quem é Jesus, é muito mais do que saber que Ele é Deus, afirmar que O
conhecemos implica em comprometimento com a sua causa.
Olhando a escolha de
Pedro, para conduzir a Igreja, podemos perceber que Jesus fundou a
sua Igreja sobre a fragilidade humana! Jesus
não edificou a sua igreja sobre homens considerados grandes aos olhos do mundo,
mas sobre Pedro, um homem de origem simples, que representa os homens de toda
história da Igreja: homens santos e pecadores!
O texto nos diz
ainda que Jesus proibiu os discípulos de revelar a sua identidade a quem
quer que fosse, afinal, um povo que esperava um Messias triunfalista com
poderes políticos, jamais aceitaria um Messias na condição de servo, alguém
com o olhar voltado para os pequenos! Jesus sabia que não seria reconhecido
como Filho de Deus, sem antes passar pela cruz!
Numa comunidade, cujo o
centro é Jesus, um líder não se destaca pela sua autoridade, e sim, pelo
seu amor à Jesus transformado em serviço!
Qual a resposta que você daria hoje a essa pergunta
de Jesus? Que significa
Jesus na sua vida? Qual o seu relacionamento com Jesus? Você reconhece Jesus
como o Messias, o enviado de Deus, o Ungido, o Salvador? Ou você é um daqueles
que vê um Jesus Cristo apenas histórico que ficou lá no passado? Você se
submete a Jesus e aceita os seus caminhos de salvação veiculados pela Igreja
criada por Ele? Você é um daquele que bate no peito e diz que Jesus é amor, mas
na sua vida prática você não ama? Ou você afirma que
Jesus é Deus Senhor nosso, mas não o serve? Ou você aceita que Jesus
é o enviado do Pai, mas não o escuta? Ah! Já sei. Você anda dizendo por aí que
Jesus é nosso irmão, mas na sua vida mesmo você não pratica a
fraternidade.
Prezados
irmãos. O Evangelho de hoje nos conduz a parar por um momento e nos perguntar.
Quem é Jesus na minha vida? Qual o melhor lugar para eu me encontrar com Jesus?
Sabemos que Deus na Pessoa de Jesus está em toda parte, especialmente na Igreja
e na pessoa do irmão. Jesus funda a Igreja humana escolhendo e enviando os
primeiros padres e o primeiro Papa. Portanto, Cristo "é a Cabeça do
Corpo que é a Igreja". Ao criar a Igreja, Jesus cria a redenção de todos
nós principalmente para aqueles movidos de boa vontade e fé. Jesus após
ressuscitar, investiu na Igreja e por meio da qual Ele estende seu reino sobre
todas as coisas.
Como cabeça desta
instituição Santa que é a presença de Deus no mundo, Ele nos une
dizendo: "Eu vos dou a minha paz,... Amem us aos outros... ...
pois é nesse amor que tendes uns pelos outros que o povo vai
reconhecer que sois meus seguidores, meus imitadores". E somente assim,
prezados irmãos, é que poderemos anunciar a mensagem de Jesus ao mundo. Desse
modo somos inseridos nos mistérios de sua vida associamo-nos a suas dores como
o corpo à Cabeça, para que padecendo com ele, sejamos com ele também
glorificados.
Ele nos escolhe, nos chama, provê a nossa subsistência. Porém respeita a
nossa decisão de aceitar ou não o seu convite. Uma vez que aceitamos
o seu chamado, é grande a alegria no céu porque passamos a fazer parte daqueles
que constituem a Igreja, doando os nossos dons e talentos os quais
recebemos de presente pelo próprio Pai, para contribuir comunitariamente para
com os caminhos da salvação, que foi iniciada por Jesus Cristo Nosso
Senhor.
“Se alguém quer me
seguir, renuncie a si mesmo!” - disse Jesus – Renunciar a si próprio quer
dizer, renunciar ao egoísmo, aos bens supérfluos, ao poder e à ganância, à
vaidade e influência política. Renunciar a tudo que nos distancia de Deus, e
que nos impede de continuar o trabalho missionário de Jesus no mundo.
“Quem quiser salvar a sua
vida, vai perdê-la, mas quem perder a sua vida por causa de mim vai
salvá-la”. Com estas palavras o Mestre quer ensinar que só encontra
sentido para viver quem doa sua existência e se desgasta por causa dele em
favor dos irmãos.
Essa doação Jesus espera encontrar em cada um de nós. Oferece-nos também a cruz, porém, não mais como instrumento de morte. Com sua ressurreição, Jesus transformou a cruz em ponte para a vida. Por isso, quer ver-nos carregando nossa cruz com dignidade, não como motivo de sofrimento, mas sim como meio de santificação e de salvação para nós e para toda a humanidade.
IRMÃS BENEDITINAS – GAMA-
FONE; 39654967
domingo, 10 de agosto de 2014
ALEGRIA EM SERVIR
“Quando a vida inteira se fecha nos próprios interesses,
deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a
voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o
entusiasmos de fazer o bem”. (Papa Francisco)
Chama-nos
atenção este trecho do Papa, pois vimos um pouco da jornada de trabalho que
realizamos no Brasil, digamos que se não lutarmos para que nossa missão não se
resuma em interesses próprios, o trabalho realizado perante as inúmeras crianças,
jovens e suas famílias não haveria nenhum sentido profundo para elas, tão pouco
para nós, não atingiríamos o coração dessas pessoas, nosso trabalho seria
apenas técnico, sem vida, sem cor, cinza! Não valeria tão a pena.
Trabalhar em
prol destas crianças e jovens é como se tivéssemos em nossas mãos um punhado de
sementes ansiosas para germinar, porém é necessário plantá-las em solo bom e
aguarmos com água boa, para que cresçam fortes, bonitas e deem bons frutos.
Porém se temos esse mesmo punhado de sementes e não plantamos em solo bom, tão
pouco aguarmos, a semente seca e dificilmente brotará.
Assim são para
Nós nossas crianças e jovens, elas são as sementes que plantamos em nosso solo
bom e são regadas com muito AMOR, assim todos colherão bons frutos.
Nosso trabalho
perante a comunidade é voltada para os valores humanos como: respeito,
companheirismo, solidariedade, paz, amor. Tentamos levar ao coração das pessoas
àquilo de mais precioso que Deus deseja que exerçamos “O amor e o desejo de
fazer o bem”. Pregar valores é fundamental, uma vez que infelizmente nossos
atendidos são oriundos de situação de risco e exclusão social, muitos são
esquecidos pelo poder público e vivem em condições menos favorecidas.
Deus nos deu a
missão de ajudar os que sofrem pela desigualdade social, de levar a estes a
alegria, renovar o entusiasmo pela vida e plantar a esperança de uma vida digna
de respeito.
No Projeto Ser
Mais atendemos 120 crianças e adolescentes, oferecemos diversas atividades que
possibilitem um aprendizado para a vida, transformando assim a realidade de
cada um. No Centro Comunitário Nossa Senhora da Providência- GO, carinhosamente
chamado de “pupila de nossos olhos”, o objetivo não é diferente, atendemos mais
de 100 crianças com oficinas de teatro, capoeira, catequese, entre outras atividades.
As visitas também fazem parte da nossa missão, levamos um pouco de conforto,
uma palavra amiga aos lares de nossa comunidade.
Vivenciamos no
dia a dia a alegria retirada das pequenas coisas, de um olhar, de um sorriso,
de um gesto de ternura. Tudo é feito com amor, como Deus quer. Nesta
simplicidade sentimos o cheiro do colo de Deus em cada criança, jovem, adulto
ou idoso.
Com o sorriso,
alegria, amor e comprometimento combatemos um pouco da tristeza, egoísmo, comodismo,
ressentimento, desanimo e muito outros sentimentos que assolam os lares dessas
famílias, aumentando assim a esperança em dias melhores.
Mateus 14:22-33: Quando Jesus mandou Pedro andar
sobre as aguas e ele afundou, Jesus disse que ele era um homem de pouca fé! Se
eu tiver fé suficiente eu consigo caminhar sobre as aguas? Por que Pedro
afundou? O que foi que saiu errado, se ele estava convicto o suficiente para
descer do barco em pleno mar, sem pensar duas vezes? De repente, Pedro desviou
o olhar da direção onde estava Jesus, a única certeza que ele tinha de estar
seguro." Sabe, amados, é exatamente isso que tem acontecido com muitas
pessoas nos dias de hoje, nos momentos de “perigos da vida”, eles tiram os
olhos de JESUS, e “quem tira os olhos de Jesus afunda”.
Andar sobre as águas, é algo
humanamente falando, impossível, mas ele usou a fé, confiou em Jesus, quando
ele afundou, parou de pensar e agir através da fé. É como se ele tivesse
pensado: "Ei, eu tó andando por cima da água, isso é impossível", a
dúvida entrou, deixou a fé de lado, e pensou na naturalidade e nas limitações.
Lhe faltou a fé. A CERTEZA de que poderia fazer isso. Quando a dúvida entra,
neutraliza qualquer tipo de fé e impede aquilo que era para ter acontecido. O
vento e tudo que estava acontecendo para fazer com que se distraísse, são as
adversidades de hoje. Jesus disse: "Homem de pequena fé, por que
duvidaste?". A fé é certeza das coisas que se esperam, a convicção de
fatos que não se vêem" (Hebreus 11:1).
domingo, 8 de junho de 2014
Ilumina meus olhos
Para que eu Te veja em todos os acontecimentos..
Enche meu coração com
a divina fé, para sempre louvar
o vosso nome e arranca de mim o orgulho e a presunção.
Senhor,
Faz de mim um ser humano realmente justo...
Planta em meu coração
a sementeira do amor
E ajuda-me a fazer feliz
O maior número possível
de pessoas, para ampliar seus dias
risonhos e resumir suas noites
tristonhas...
Transforma meus rivais em companheiros, meus companheiros
em amigos e meus amigos em
entes queridos...
Dá-me, Senhor,
O sabor de perdoar
mantendo sempre
em meu coração Somente o AMOR!
A liturgia católica apóia-se em duas colunas centrais: Páscoa e Pentecostes. São as festas mais importantes do ano litúrgico. Nelas fulgem os mistérios centrais de nossa fé. Páscoa: a morte e ressurreição de Jesus com a irrupção da vida nova na história do cosmo e da humanidade. Pentecostes: o derramar do Espírito Divino sobre a Igreja, constituindo-a sacramento e sinal de união dos homens com Deus e entre si.
A ação do Espírito Santo é como o coração que nunca pode falhar sem comprometer a vida de todo o organismo. No entanto, no dia-a-dia nem pensamos nele, apesar de ele estar trabalhando todo o tempo. Quando falha, apavoramo-nos e recorremos a uma clínica cardiológica.
O mesmo acontece com o Espírito Santo. A Igreja Oriental cultivou muito a reflexão sobre a pessoa e presença do Espírito nos fiéis e no corpo eclesial. Por razões históricas, a Igreja do Ocidente concentrou-se mais na Eucaristia, na devoção a Maria e na relevância do magistério. Estas três realidades, também fundamentais de nossa fé, só encontram sua verdadeira intelecção à luz da ação do Espírito Santo. É invocado no momento solene da consagração. A fecundidade virginal de Maria é-lhe atribuída. E a assistência ao magistério também é obra dele. Entretanto, falamos pouco dele, ao referirmo-nos a essas realidades da nossa fé.
Hoje perpassa a Sociedade e a Igreja um surto carismático. Como toda realidade humana padece de ambiguidade. Nem tudo é obra do Espírito Santo. Cabe-nos discernir.
Nesse renovar eclesial por obra do Espírito, há um rebento muito promissor na teologia feminista. E ela tem chamado a atenção para a dimensão feminina em Deus. Tendo Deus criado o ser humano, homem e mulher, isso significa que nele se encontra a fonte da masculinidade e feminilidade. Por isso, João Paulo I, em sermão inesquecível, dirigiu-se a Deus, como Pai e Mãe. E se com o nosso olhar analógico procuramos na Trindade descobrir onde se reflete ainda melhor o lado feminino de Deus, parece-nos que é o Espírito Santo. A palavra hebraica, originária para o Espírito, Ruah, é feminina. Por conseguinte, a experiência bíblica primigênia, apesar de todo o machismo da cultura semita, preferiu escolher para a experiência divina do Espírito um termo feminino.
O hino litúrgico de Pentecostes nomeia-o com títulos e metáforas de caráter mais feminino: consolo, doce alívio, descanso, remanso, aragem, lava o sujo, rega o seco, cura o doente, dobra o que é duro, guia no escuro, aquece o frio exatamente como uma mãe faz com seu filho pequeno. O Espírito Santo embala maternalmente todos os fiéis e acompanha carinhosamente a Igreja. Suaviza femininamente com o óleo da alegria e da exultação as exigências árduas do seguimento do homem Jesus, o filho de Deus. Padre Ramóm
quinta-feira, 1 de maio de 2014
NOVENA Á SS. TRINDADE
PARA OBTER GRAÇAS POR
INTERCESSÃO DA
SANTA
BENEDITA CAMBIAGIO
FRASSINELLO
Pai nosso que estais nos céus e derramastes tantas graças
sobre a Santa Benedita, doando-lhe um especial abandono em vossa paternal
Providência, peço-vos, por sua intercessão, conceder-me a graça que solicito.
Glória ao Pai.
Filho eterno do Pai, feito homem por nosso amor, que
quisestes fazer da Santa Benedita uma participante de vossa cruz,
infundindo-lhe vivo amor ás humilhações e aos sofrimentos, peço-vos, por sua
intercessão, conceder-me a graça que solicito.
Glória ao Pai.
Amor do Pai e do Filho, eterno
Espírito Santo, que com a unção de vossos santos dons regestes e guiastes no
caminho da santidade e do apostolado a Santa Benedita, peço-vos, por sua
intercessão, conceder-me a graça que solicito.
Glória ao Pai.
Oração
Coração Eucarístico de Jesus, que fostes o centro de luz,
de força e de apostolado da Santa Benedita Cambiagio, concedei ás suas Filhas,
Beneditinas da Providência e a todos os fiéis, saber haurir do SS. Sacramento
coragem e força para enfrentar as dificuldades cotidianas, imitar seus exemplos
e corresponder ás Vossas graças.
Glória ao Pai.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
FELIZ PASCOA!
O Evangelho da ressurreição de Jesus Cristo começa referindo o caminho das mulheres para o sepulcro, ao alvorecer do dia depois do sábado. Querem honrar o corpo do Senhor e vão ao túmulo, mas encontram-no aberto e vazio. Um anjo majestoso diz-lhes: Não tenhais medo! E ordena-lhes que levem esta notícia aos discípulos: Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. As mulheres fogem de lá imediatamente, mas, ao longo da estrada, sai-lhes ao encontro o próprio Jesus que lhes diz: Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão...
Depois da morte do Mestre, os discípulos tinham-se dispersado; a sua fé quebrantara-se, tudo parecia ter acabado: desabadas as certezas, apagadas as esperanças. Mas agora, aquele anúncio das mulheres, embora incrível, chegava como um raio de luz na escuridão. A notícia espalha-se: Jesus ressuscitou, como predissera... E de igual modo a ordem de partir para a Galileia; duas vezes a ouviram as mulheres, primeiro do anjo, depois do próprio Jesus: Partam para a Galileia. Lá Me verão.
A Galileia é o lugar da primeira chamada, onde tudo começara! Trata-se de voltar lá, voltar ao lugar da primeira chamada. Jesus passara pela margem do lago, enquanto os pescadores estavam a consertar as redes. Chamara-os e eles, deixando tudo, seguiram-No.
Voltar à Galileia significa reler tudo a partir da cruz e da vitória. Reler tudo – a pregação, os milagres, a nova comunidade, os entusiasmos e as deserções, até a traição – reler tudo a partir do fim, que é um novo início, a partir deste supremo ato de amor.
Também para cada um de nós há uma Galileia, no princípio do caminho com Jesus. Partir para a Galileia significa uma coisa estupenda, significa redescobrirmos o nosso Batismo como fonte viva, tirarmos energia nova da raiz da nossa fé e da nossa experiência cristã. Voltar para a Galileia significa antes de tudo retornar lá, àquele ponto incandescente onde a Graça de Deus me tocou no início do caminho. É desta fagulha que posso acender o fogo para o dia de hoje, para cada dia, e levar calor e luz aos meus irmãos e às minhas irmãs. A partir daquela fagulha, acende-se uma alegria humilde, uma alegria que não ofende o sofrimento e o desespero, uma alegria mansa e bondosa.
Na vida do cristão, depois do Batismo, há também uma Galileia mais existencial: a experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo, que me chamou para O seguir e participar na sua missão. Neste sentido, voltar à Galileia significa guardar no coração a memória viva desta chamada, quando Jesus passou pela minha estrada, olhou-me com misericórdia, pediu-me para O seguir; recuperar a lembrança daquele momento em que os olhos d’Ele se cruzaram com os meus, quando me fez sentir que me amava.
Hoje, nesta noite, cada um de nós pode interrogar-se: Qual é a minha Galileia? Onde é a minha Galileia? Lembro-me dela? Ou esqueci-a? Andei por estradas e sendas que ma fizeram esquecer. Senhor, ajudai-me! Dizei-me qual é a minha Galileia. Como sabeis, eu quero voltar lá para Vos encontrar e deixar-me abraçar pela vossa misericórdia.
O Evangelho de Páscoa é claro: é preciso voltar lá, para ver Jesus ressuscitado e tornar-se testemunha da sua ressurreição. Não é voltar atrás, não é nostalgia. É voltar ao primeiro amor, para receber o fogo que Jesus acendeu no mundo, e levá-lo a todos até aos confins da terra.
Galileia dos gentios (Mt 4, 15; Is 8, 23): horizonte do Ressuscitado, horizonte da Igreja; desejo intenso de encontro...
domingo, 9 de março de 2014
Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza
(cf. 2 Cor 8, 9)
Queridos
irmãos e irmãs!
Por
ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que
possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo
inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de
Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos
enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos
cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de
Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos
dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à
pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?
A graça
de Cristo
Tais
palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se
revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da
fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o
Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao
nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se»,
para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil2, 7; Heb 4,
15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso
é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não
hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o
amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria
igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na
realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência
humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da
Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo,
excepto no pecado» (Conc. Ecum.
Vat. II, Const. past. Gaudium et
spes, 22).
A
finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas
– como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não
se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é
uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e
da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem
dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de
Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Baptista para O
batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas
fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós
pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho
que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz
impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza
de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece
bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas
as coisas» (Heb 1, 2).
Em que
consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É
precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom
Samaritano com o homem abandonado meio morto na berra da estrada
(cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade,
verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de
ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se
carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a
misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é
rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o
momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico
como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um
momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o
Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste
Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave»
(cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua
«rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e
fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogênito (cf.Rm 8,
29).
Foi dito
que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer
também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e
irmãos de Cristo.
O nosso
testemunho
Poderíamos
pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o
nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com
meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus
continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo,
que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um
povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas
sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo
Espírito de Cristo.
À
imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos
irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as
aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a
miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos
distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a
miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente
designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna
da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira
necessidade como o alimento, a água, as condições higiênicas, o trabalho, a
possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a
Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro
das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos
pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres,
amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com
que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os
abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder,
o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência
duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as
consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.
Não menos
preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se
escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum
dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela
droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida;
sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem
constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de
trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta
de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral
pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é
causa também de ruína econômica, anda sempre associada com a miséria
espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o
seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão,
porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O
único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.
O
Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é
chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão
do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente
e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O
Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de
misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa
nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações
dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão.
Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos
pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor.
Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e
promoção humana.
Queridos
irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja
inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria
material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio
do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos
fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez
pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o
despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a
fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a
verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão
penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.
Pedimos a
graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que
enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2
Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós
a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos
misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha
oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra
frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o
Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano,
26 de Dezembro de 2013
Festa de
Santo Estêvão, diácono e protomártir
FRANCISCO
domingo, 9 de fevereiro de 2014
ORAÇÃO : O Jesus, queremos ser teus discípulos-as,
viver as bem-aventuranças. Mesmo sendo um grupo insignificante, como os teus discípulos,
queremos ser sal da terra e luz do mundo!
O sal na parece grande coisa, mais produze o seu
efeito quando se mistura com os alimentos. Ela desaparece, mais o efeito se
espalha por toda a comida, e fica cheia de sabor. O sal permite que os
alimentos não se corrompam! Também a luz, quando colocamos uma vela num lugar obscuro
ilumina as trevas...
Jesus
tu nos pedes que transformemos a vida, as pequenas coisas, colocando vida e
amor em todo o que fazemos. A vida pode perder o sabor se não colocamos amor e
ilusão. . Se vivemos como discípulas de Jesus, que vivem
o Seu evangelho, ajudamos a descobrir o verdadeiro sentido da vida e tudo fica
saboroso e colorido! Com a nossa claridade temos que dar claridade para que os
outros descubram o rosto do Pai. Vivamos o Evangelho para que todo o nosso
tempo fiche cheio de vida! Jesus danos o Teu Espírito para que nunca percamos o
sabor! H. P.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
sábado, 25 de janeiro de 2014
Cativar...
Quem és tu? ... Perguntou
o principezinho ... Tu és bem bonita ... Sou
uma raposa ... ela respondeu ... Príncipe: vem brincar comigo ... estou triste.
Raposa: eu não posso brincar contigo! Não me cativaram ainda. Príncipe: ah!
desculpe-me... o que quer dizer "cativar"?
Raposa: tu não és daqui
... que procuras? Príncipe: procuro amigos ... que quer dizer
"cativar"? Raposa: é uma coisa muito esquecida ... significa criar
laços. Príncipe: criar laços ?
Raposa: Exatamente! Tu
não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros
garotos! E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de
mim. Não passo a teus olhos de uma simples e mortal raposa igual a cem mil
outras raposas. Ah!!! Mas se tu me cativas... nós teremos necessidade um do
outro. Serás para mim o único no mundo, e eu serei para ti a única no mundo
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