ORAÇÃO CONTEMPLATIVA OU VIDA CONTEMPLATIVA?
“Vem, Espírito Santo, fecunda o amor em mim para que eu possa me amar,
aceitando-me como sou.
Vem, Espírito Santo, revela a minha verdade para que eu possa me amar e
amar o meu próximo.
Vem, Espírito Santo, dá-me a graça de assumir a minha identidade de
filha amada de Deus, a fim de que resplandeça em mim a imagem de Jesus Cristo”.
Há vários séculos,
distinguem-se entre as diversas formas de vida religiosa, a vida ativa, a
contemplativa e a mista. Ora, há muito que os mestres da espiritualidade
monástica fazem notar que não é possível fazer entrar à força a vida monástica
num tal esquema. Seria de fato perigoso - e mesmo hipócrita- considerar que uma
forma de vida monástica é mais contemplativa do que outra pelo simples fato de
que ela não comporta atividade apostólica.
Vida contemplativa é mais a” vida de oração contínua”, ou ainda, é organizar toda a sua de tal modo, que possa manter de modo tão constante quanto possível uma consciência
amante da presença de Deus.
Para manter esta oração contínua, o monge utiliza um
certo número de meios. Um deles, o mais importante de todos na tradição
beneditina é o Ofício Divino; outro é a lectio divina. Esta, com efeito,
segundo a tradição monástica, do Oriente e do Ocidente, é autêntica oração
contemplativa e não simplesmente uma preparação à oração. Outros meios são,
sobretudo, os momentos de silêncio, os momentos de maior atenção à presença de
Deus, ou ainda as repetições de orações breves, a oração de Jesus, o rosário. Estes
são alguns dos muitos métodos para manter uma atitude contemplativa durante
todo o dia, durante todas as ocupações, aí se incluindo o trabalho.
Um ensinamento constante da tradição monástica pelos
séculos é este: é-se contemplativo durante todos os aspectos de sua vida ou não
se o é em absoluto. Devo claramente ser contemplativo na minha meia hora ou
hora de oração silenciosa, como devo sê-lo durante o Ofício Divino e durante o
trabalho, qualquer que seja o tipo de trabalho. Se não faço esforços para conservar
uma comunhão contemplativa com Deus durante meu trabalho, me iludo pensando que
seria transformado subitamente em contemplativo entrando na Igreja ou me
ajoelhando para minha meia hora de oração.
Um outro ensinamento que consta da tradição é que a
oração contemplativa por excelência, e o contexto ideal para toda a experiência
mística é a liturgia. Os mais belos ensinamentos místicos de São Bernardo e de
nossos Padres cistercienses se acham em seus sermões preparados para serem
usados na Liturgia, ou, em todo caso, sobre os textos bíblicos lidos durante a
liturgia.
Isto é sobretudo verdadeiro para a grande tradição
mística, mesmo fora do monaquismo. O mais importante dos autores místicos,
aquele que recolheu todo o ensinamento dos Padres antes dele e que influenciou
todos os místicos dos séculos seguintes foi certamente Dionísio, o Aeropagita,
ou o Pseudo-Dionísio. Ora, todo seu ensinamento místico se acha num comentário
sobre a Divina Liturgia e sobre a vida sacramental da Igreja em particular.
Dom Jean Leclercq publicou em 1963 (de quem
mencionei o artigo anteriormente) um estudo sobre os nomes da oração
contemplativa (Jean Leclercq, Otia monastica. Études sur le vocabulaire de la contemplation au Moyen Âge. Roma
[Studia Anselmiana, 48], 1963). Mostrou que a mais importante e a mais
constante de todas as expressões achadas na tradição para descrever a oração
contemplativa é "memoria Dei" (lembrança
de Deus). Não se acha, por exemplo, a palavra "contemplatio" na Regra
de São Bento; mas a "memoria Dei" é o primeiro grau de humildade, e
se encontra em toda a Regra.
Frequentemente se diz que o ensinamento de Bento
sobre a oração é árido e limitado. Sem dúvida isto se deve a querer ler a Regra
com um espírito muito diferente daquele com o qual ela foi escrita. Hoje se é
muito atento às experiências de oração que fazemos: ao que se passa em nós
enquanto rezamos ou tentamos rezar. Bento faz parte de uma longa tradição de
mestres monásticos, para quem a qualidade da vida cotidiana, em todos seus
aspectos, é mais importante do que a "performance" no curso dos
"momentos de oração". A convicção subjacente é que a oração é alguma
coisa que "vem" bem naturalmente àquele que se esforça por viver os
ensinamentos do Evangelho na vida cotidiana. Bento facilmente faria sua a
palavra que Cassiano atribui a Santo Antão: "A oração não é perfeita
enquanto o monge estiver consciente ou de si mesmo ou do conteúdo de sua
oração."
Da mesma forma, São Bernardo utiliza pouco a palavra
"contemplação" mas "lembrança de Deus" está no coração de
seu ensinamento. Escreve, por exemplo: "A lembrança de Deus é o caminho
para a presença de Deus. Quem quer que guarde os mandamentos presentes no
espírito, a fim de observá-los, será recompensado a seu tempo pela percepção de
sua presença." (Sent 1.11; SBO
6b.8-17-21) (Ver artigo de Michael Casey sobre "Mindfulness of God in the
Monastic Tradition", Cistercian Studies 17 [1982], pp. 111-126).
Bernardo, como Bento, está consciente do fato que,
no mosteiro, os monges realizam a dimensão contemplativa de sua vida de modos
diferentes, segundo sua vocação e segundo os papéis que são chamados a
desempenhar na comunidade. Fala de duas categorias de monges: os claustrales e
os officiales ou obedientiales, que chama também de obedientes. Os claustrales são
aqueles que não têm nenhuma responsabilidade administrativa, os obedientiales
são os que são chamados a suprir diversos serviços na comunidade. Cada um é
chamado a ser contemplativo de um modo que lhe é próprio. Cada um deve praticar
a memoria Dei, e isto não quer
dizer que ele deva pensar continuamente em Deus de modo ativo, mas que deve
espontaneamente fazer referência a Deus em tudo o que pensa, faz e acontece.
Bernardo
volta mais de uma vez em seus escritos à tensão vivida por todos aqueles que,
na comunidade, têm importantes responsabilidades administrativas, quer seja de
ordem material, quer espiritual. Em primeiro lugar faz uma advertência contra o
perigo de aspirar a tais responsabilidades, mas ensina também que para um monge
que recebeu tais encargos, isto pode ser para ele a ocasião de um despojamento
radical que o faz renunciar a seu próprio lazer e assumir uma grande parte do
peso de preocupação da comunidade, de modo que seus irmãos possam gozar da
solidão e da paz. Esta foi, sem dúvida, a vocação de Gérard, o irmão de
Bernardo e celeireiro de Claraval, a quem Bernardo paga um tal tributo no seu
Sermão 26 sobre o Cântico dos Cânticos.Todos aqueles que têm muito a fazer a
serviço da comunidade devem se esforçar para conservar suficiente tempo para a
oração, a leitura e a meditação. Mas isto não é suficiente e nem mesmo é o
essencial. O essencial é que toda nossa atividade seja enraizada numa oração
contemplativa, realizada num clima e num espírito de oração, e nos leve sem cessar
a ela.
© Abadia de Scourmont, 1999.
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Contemplar: é olhar para dentro
de si mesmo e se absorver do seu amado ou do objeto de seu pensamento a ponto
de esquecer os outros, as coisas e até sua própria pessoa... Realiza uma
verdadeira cura psicológica, proporcionando descanso e paz. E, se o objeto de
seu pensamento for Deus, o efeito será irradiar Deus,de dentro para fora.
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Existem três
exercícios espirituais: cogitação (inquietude), meditação e contemplação. A contemplação é o
grau mais elevado de oração que nos dá profundidade no relacionamento com o
Senhor. É uma oração de expressão psico-afetiva.
Contemplar Jesus
Cristo que habita dentro de nós, é encontrarmos com Ele no nosso interior como
se nosso “eu” fosse uma casa. As pessoas batem à
porta da frente e nós as acolhemos na sala de visita exercitando nosso amor ao
próximo. Jesus bate à
porta dos fundos, da cozinha, com muita intimidade, pois se considera “de
casa”. É necessário entrarmos em nós mesmos, atravessarmos toda a casa (o nosso
“eu”), e abrirmos a porta para Ele, manifestando, dessa forma, o nosso primeiro
Amor a Deus.
Achamos muito
difícil fazer isto !... O mundo de hoje nos atrai para fora, envolve-nos na
busca desenfreada de poder e de bens materiais, desvia nossa atenção para as
suas notícias e divertimentos, impõe valores superficiais e imediatistas,
enfim, manipula de tal forma nossa vontade que qualquer atitude de silêncio e introspecção
parece perda de tempo.
É como se vivêssemos
sempre na porta da rua do nosso “eu”. Mas, se aprendermos
a entrar em nós mesmos, a nos recolher, atravessarmos todo o nosso “eu”, e
abrirmos a porta da cozinha ou dos fundos para o Senhor, um dia sentaremos com
Ele à mesa no Céu. “Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima, pois, o
teu zelo, e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato: Se alguém ouvir a minha
voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, Eu com ele e ele
comigo” (Apo. 3,19-21).
O que falamos para
uma visita que chega inesperadamente e nossa casa não está em ordem? Sempre
respondemos o que qualquer dona de casa responderia: pedimos a visita que nos
desculpe, falamos o que fizemos e o que deixamos de fazer, mostramos onde não
limpamos..
Jesus Cristo também
vem à nossa casa (eu) na oração, entra pelos fundos, bate `a porta da cozinha
da nossa intimidade no momento em que nós estamos bem recolhidos no interior de
nós mesmos.
Jesus nos ensina a
recebê-lo assim: “Olhe Jesus, aqui está uma mentira que não pude ainda evitar,
uma mágoa que dói, e a falta de perdão, porque resisto em aprender perdoar. Ali
está ...” Tudo que você Me mostrar, ainda que for sujo como o vermelho
escarlate, ficará branco como a neve”. “Pois bem, justifiquemo-nos, diz o
Senhor. Se vossos pecados forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve!
Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã! Se fordes dóceis
e obedientes, provareis os melhores frutos da terra; se recusardes e vos
revoltardes, provareis a espada” É a boca do Senhor que o declara” (Isaías 1,
18-20).
Na oração de
contemplação Jesus surge de dentro de nós mesmos. Parece que mora no nosso
quintal! A imagem do quintal é adequada, pois reflete a imanência e a transcendência de Deus.
É necessário nos recolhermos para abrir a porta
dos fundos, depois de atravessar todo o nosso eu; o nosso psiquismo (a
casa); nosso corpo (a porta da sala); nosso eu social (o alpendre e o hall);
nosso ser racional (sala de Televisão e biblioteca); a nossa sexualidade
(banheiro); nossa afetividade (sala de estar e quartos) ; nossa vontade
(cozinha e área de serviços).
Na contemplação
podemos saborear cada momento, cada detalhe de nossa vida como se passeássemos
dentro de nós mesmos com Jesus.
Poderíamos imaginar
algumas queixas de Jesus: “Há pessoas que Me recebem na sala de visitas e Me
hospedam com uma oração fria e formal, cheia de distrações e falta de atenção.
Vêm na hora da oração e depois passam o resto do dia para lá e para cá e Eu
fico preso na sala, como uma visita de cerimônia, sem liberdade de participar
da intimidade de sua vida, de sua casa (reflete uma situação de oração formal,
desencarnada da realidade da vida). Às vezes Me servem lasanhas, quando Eu só
queria um arroz branco com feijão simples. Falam muito, enfeitam muito e,
quando Eu quero falar, já saem da oração, da sala de visitas”. (trata-se de uma
oração de aparências, por dever, faltando autenticidade, o segredo que abre o
cofre do nosso coração é a verdade).
Ele começaria
silenciosamente a nos ensinar, com toda certeza. Nós O perceberíamos andando
pela casa toda, dando-nos ordens e onde Ele colocasse os olhos, as sujeiras se
transformariam. Não haveria distrações na oração. As distrações também seriam
orações mais sinceras e verdadeiras se colocadas em louvor. Deus é muito
simples!....Tudo, até os maus pensamentos seriam levados a Ele em bandeja de
louvor. Até mágoas!...Ele, sorridente, nos diria com muito bom humor : “É
...jiló, é só para os íntimos!...” (entenderíamos que as magoas eram jilós, e
que Ele as queria apresentadas).
Na verdadeira oração
contemplativa, Jesus fala o que quer. Ele fica à vontade, como “gente de casa”,
andando e vendo tudo com simplicidade, nós vamos atrás d’Ele, nos caminhos do
nosso mundo interior, apresentando tudo a Ele. É como se víssemos um álbum de
fotografias ou uma coleção de lembrancinhas, ou quando arrumamos um quartinho
de bagunça ou o porão e as coisas velhas de porão são o nosso passado. Neste
tipo de oração há silêncio, adoração e reverência. Nós até falamos pouco.!.
Toda a casa é a nossa vida presente. Os planos, de
aumentar a casa no quintal é nossa vida futura, que deve ser apresentada a Ele.
Tudo se torna oração: os pensamentos, os sentimentos, os desejos possíveis e
impossíveis, os textos bíblicos de que gostamos e os textos com os quais não
concordamos ainda, os fatos corriqueiros do dia a dia... E, sendo maior a
intimidade, menor a possibilidade de “erros de etiqueta social” com a visita,
ou distrações.
Preocupação é
ocupar-se antecipadamente com fatos que não ocorreram ainda. Seria como
apresentar comida um pouco crua. Mas “gente de casa, às vezes come comida meio
sem sal ou um pouco crua !...Acontece, né!...”. Quanto bom humor tem Jesus
cristo ! Ele come de tudo !... Ele realmente é de casa, é o Senhor e o dono de
nossa casa, de nosso coração. Jesus é o nosso companheiro na oração
contemplativa e nos alimenta com sua companhia. É o hospede permanente da nossa
solidão, se fizermos contemplação.
Método de Contemplação para
a vida comunitária:
- Ler juntos o texto
bíblico para compreensão.
- Orar em línguas para aquietar-se.
- Ler silenciosamente o texto bíblico, saboreando os detalhes da cena e os
vários elementos. (marcar espaço e tempo ).
- Fechar a Bíblia e reviver a cena que você leu.
- Anotar os dados mais importantes da estória que reviveu.
- Comparar com o texto bíblico. Tudo o que está em sintonia com o texto vem do
Espírito Santo, tudo o que está muito diferente do texto bíblico, vem do seu
psiquismo, de sua projeção, de sua história de vida, de seus traumas, etc...
- Orar pela cura psicológica do conteúdo que está diferente do texto bíblico,
ver o que significa isto em sua vida.
- Partilhar com a comunidade para ser mais transparente e criar unidade com os
irmãos . Ser simples, cada um tem o direito de existir do jeito que é e todos
tem defeitos. Só Deus é perfeito.
Que
tudo seja para a maior glória de Deus !
Juracy
Villares
"A quem tem sede
eu darei gratuitamente de beber da fonte da água viva."(Ap 21,6-b)
Dos meios da oração
centrante.
6. PRATIQUE A GUARDA DO CORAÇÃO. Esta é a prática de liberar as
emoções negativas no momento presente. Isto pode ser feito de um desses três
modos: 'fazendo o que realmente você está fazendo'; 'voltando sua atenção para
alguma outra ocupação', ou 'oferecendo o sentimento/emoção a Cristo'. A
"guarda do coração' requer o desapego imediato de atrações e repulsas
pessoais - (gostar, não gostar, desapegar-se do mesmo jeito). Quando algo
acontece independentemente de nossos planos, nós espontaneamente tentamos
modificar isto. Nossa primeira reação, contudo, deveria ser abertura para o que
está realmente acontecendo de modo que se nossos planos dão errado, não nos
aborrecemos por isto. O fruto da 'guarda do coração' é uma boa-vontade habitual
para mudar nossos planos assim que for preciso. Isto nos dispõe a aceitar
situações dolorosas quando elas surgem. Então, podemos decidir o que fazer com
elas, modificando, corrigindo ou melhorando-as. Em outras palavras, os eventos
rotineiros da vida diária se tornam nossa prática. Não posso enfatizar isso o
suficiente. Uma estrutura monástica não é o caminho para a santidade para
leigos. A rotina da vida diária é. A oração contemplativa tem o objetivo de
transformar a vida diária com sua sucessão infindável de atividades rotineiras.
7. PRATIQUE UMA ACEITAÇÃO INCONDICIONAL DOS
OUTROS. Esta prática é especialmente poderosa em aquietar as emoções do
'serviço do Apetite': medo, raiva, coragem, esperança e desespero. Aceitando as
outras pessoas incondicionalmente, você disciplina suas emoções que desejam se
vingar dos outros ou fugir deles. Você permite que as pessoas sejam quem são,
com todas as suas peculiaridades e com seu comportamento particular que tanto
te perturba. A situação se complica ainda mais quando você se sente na
obrigação de corrigir alguém. Se você corrige alguém quando está aborrecido,
provavelmente você não conseguirá nada. Isto desperta as defesas dos outros e
lhes dá motivos para jogar a culpa em você. Espere até se acalmar e então
aconselhe, corrija, a partir de uma preocupação verdadeira com a pessoa.
Meditar
Imagino
sempre o rosto paciente de Jesus repetindo o “Amas-me?” quase soletrando, para
que Pedro entendesse bem o que lhe estava a pedir. E dou-me conta de que também
é quase sempre assim conosco: há uma grande distância entre as Propostas e as
Respostas na nossa relação com Deus.
E
nem outra coisa podia acontecer, porque Deus sonha e chama para o melhor da
vida aqueles que ainda estão a construí-la! Deus nunca “sonha pequeno”, quando
se trata de nos amar… Deus sonha sempre “em grande”, quando está em causa a
“menina dos seus olhos”! Por isso vivemos serenos com Deus, mesmo não
respondendo “na mesma moeda”, porque Deus só nos pede que respondamos “na nossa
moeda”. Sim, “amor com amor se paga”, mas o nosso amor em construção não
pode responder ao Amor em Plenitude de Deus sem ficar “curto”. E Deus
permanece sereno… e nós também devemos aprendê-lo…
O Deus revelado em Jesus de Nazaré não é um “moralista
divino” a colocar-nos fasquias que temos que alcançar, medidas e normas vindas
de cima e que nos esmagam com as suas exigências. DEUS É AMOR, e todo o Seu
diálogo connosco acontece na densidade amorosa do Espírito Santo que em nós diz
a Sua Palavra, sem imposições. Por isso, Jesus de Nazaré, o Ressuscitado, não
se “zanga” com Pedro por este não conseguir ainda responder ao “Amas-me?” com
um “Amo-te!” à medida. DEUS É PACIENTE, e o Seu Messias é disso revelação. Na
bíblia, a Graça de Deus explica-se como a atitude de Deus que se “baixa”. O
Deus-Graça é o “Deus que se debruça”, o não-pretensioso, não-vaidoso,
não-distante. Aquele que se debruça até se tornar “Emanuel, Deus
connosco”! Em Jesus de Nazaré, o Deus a quem nos habituámos a chamar Altíssimo,
revela que, afinal, Ele prefere ser o Deus-Baixíssimo, o Deus connosco e
entre nós, o Amor que permanentemente “vem para servir e não para ser servido”,
o Amor que nos “lava os pés”.
Rezar
O Jesus,dá-me sempre um Amor
Crescente.
Ajuda-me a amar-Te mais e melhor,e a
aproximar as minhas Respostas
às Propostas de Vida que me
fazes.Obrigado por desceres
ao “pouquinho” do meu amor,para o
assumires e consagrares.
Obrigado por seres simples,e nunca me
desprezares.
Ajuda-me a Seguir mais verdadeiramente
Jesus Cristo, para que tudo o que sou
se torne mais à sua imagem e
semelhança,e aprenda a confiar mais a minha Vida
nas Tuas mãos amorosas.
( Vários autores, adaptado Irmã Pilar)