domingo, 5 de fevereiro de 2012

A joia perdida

A jóia perdida
Caminhando em torno da praça principal da cidade, Alberto viu um dos homens mais ricos da cidade sentado em um dos bancos da praça, cabisbaixo, com aparência triste, e muito aflito. Alberto teve muita vontade de parar para conversar com ele, mas como não o conhecia pessoalmente, ficou sem jeito e decidiu continuar sua caminhada ao redor da praça.
Em sua segunda volta, Alberto não resistiu e aproximou-se do homem, sentou-se ao seu lado no banco, e disse:
- Desculpe incomodá-lo, mas você parece muito preocupado. Posso ajudá-lo em algo?
- Ah! – respondeu o homem com tristeza – estou muito aflito porque acabo de perder a jóia mais preciosa que alguém poderia ter.
- Poxa, que jóia é essa? – perguntou o Alberto.
- É uma jóia como jamais haverá outra. Ela está talhada num pedaço de pedra da vida e tinha sido feita na oficina do tempo. É adornada por vinte e quatro brilhantes, em volta dos quais se agrupam sessenta brilhantes menores. Como pode perceber, é uma jóia de beleza ímpar e que jamais poderá ser reproduzida.
- Poxa, mas você é um dos homens mais ricos e influentes da cidade! Não seria possível que, com seu dinheiro, se possa fazer outra jóia igual à que perdeu?
Depois de pensar um pouco, o homem respondeu:
- A jóia perdida era um dia, e um dia que se perde jamais se torna a encontrar.
O tempo tem algumas características que muitas vezes esquecemos:
  • Não poder ser guardado, emprestado, comprado ou vendido;
  • Usa-se ou perde-se no instante em que ele está disponível;
  • É o recurso mais democrático do universo. Todas as pessoas têm 86.400 segundos para serem utilizados todos os dias;
  • É o único recurso indispensável em qualquer situação;
  • É finito.
E esta última característica, que nosso tempo é finito, talvez seja a mais esquecida de todas. Às vezes vivemos como se fossemos imortais, como se o tempo nunca fosse acabar.
A gestão de tempo, como muitas outras coisas, acontece na vida do ser humano de duas maneiras: pelo amor ou pela dor. Pela dor é sempre o pior caminho, quando a saúde já está comprometida, quando perdemos pessoas amadas, quando nos afastamos de Deus, enfim, quando esquecemos daquilo que é mais importante na vida. Pelo amor, quando escolhemos mudar e priorizar as coisas mais importantes porque sabemos que isso é bom pra nós e pra todos aqueles que amamos.
Portanto, não desperdice a jóia mais preciosa que Deus coloca todos os dias em suas mãos: o seu tempo.
IRMAS BENEDITINAS DA PROVIDENCIA – GAMA  DF

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