A Sagrada Eucaristia é um “segredo” que muitos
cristãos ainda não conhecem com profundidade, por isso, não se beneficiam
plenamente das suas graças. Há dois mil anos, Jesus está no meio de nós,
escondido, e muitos ainda não O conhecem. O Papa São João Paulo II disse que “a
Igreja vive de Jesus Eucarístico, por Ele é nutrida; por Ele é iluminada”.
(Ecclesia de Eucaristia, 6).
O nosso Catecismo diz: “A Eucaristia é o coração e
o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus
membros a Seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido, uma vez por
todas, na cruz a Seu Pai; pelo Seu sacrifício, Ele derrama as graças da
salvação sobre Seu corpo, que é a Igreja” (cf. n.1407).
Por que Jesus se esconde na Eucaristia? Muitos
ficam angustiados, porque Ele esconde Sua Glória na Eucaristia. Mas Ele precisa
fazer isso, para que o brilho de Sua Majestade não ofusque a nossa vista,
impedindo-nos de chegar a Ele. O Senhor não pode mostrar o fulgor de Sua
Glória, porque se o mostrasse, nós morreríamos. Nem mesmo podemos olhar para o
Sol ao meio-dia! Ele se esconde para podermos nos achegar a Ele sem medo.
Jesus desce até o nada na hóstia para que desçamos
com Ele e sintamos profundamente o que Ele disse: “Vinde a Mim, aprendei de mim
que sou manso e humilde de coração”. O amor exige a presença do Amado, a
comunhão de bens e a união perfeita; por isso Jesus quis ficar na Eucaristia
para estar conosco. Ele nos ama profundamente.
A Eucaristia é a maior prova de amor de Jesus. Ele
a instituiu na noite em que foi traído. Deus quis ficar conosco para sempre,
por causa de nossa fraqueza e miséria: “Eis que Eu estou convosco todos os
dias”. (Mt 28,20). Por isso Ele pede: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em
Vós, porque sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,4-5).
Santo Agostinho disse que “Jesus, sendo Deus
onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo
riquíssimo, não teve mais o que dar.”
Jesus, no Sacrário, é o prisioneiro do Seu amor por
nós. Pesava-Lhe a ideia de nos abandonar neste vale de lágrimas sem a Sua
companhia. Por nós, Ele oferece ao Pai, continuamente, as Suas chagas, o Seu
Sangue e Seu aniquilamento. Ele é a Hóstia, isto é, “vítima oferecida em
sacrifício permanente”. Ali, Ele continua a salvar o homem de forma pessoal e
misteriosa; ensina-nos a sermos humildes. Do Sacrário, Ele governa o universo
com amor. Não sofre mais na Hóstia, mas está em permanente estado de
sacrifício. Ali, Ele se compadece de todos que se aproximam, porque a todos
quer salvar. Não há dor que não seja amenizada diante d’Ele. São Paulo
relata o que recebeu de Jesus:
“O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue,
tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: ‘Tomai e comei; isto é o meu
corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim’. Igualmente
também, depois de ter ceado, tomou o cálice e disse: ‘Este cálice é o novo
testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o
beberdes'” (1Cor 11,23-29).
Na Santa Missa, temos a perpetuação, a atualização,
a presentificação do sacrifício da cruz (Cat. n. 1323); a Missa nos une à
liturgia do céu e antecipa a vida eterna; é o céu na terra (n. 1326).
A multiplicação dos pães e o milagre das bodas de
Caná são sinais da Eucaristia.
Santo Inácio de Antioquia, mártir do império romano (†102), disse: “Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a Eucaristia de Deus e o seu louvor. Pois quando realizais frequentes reuniões, são aniquiladas as forças de Satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé. Nada há melhor do que a paz, pela qual cessa a guerra das potências celestes e terrestres.” (Carta aos Efésios)
Santo Inácio de Antioquia, mártir do império romano (†102), disse: “Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a Eucaristia de Deus e o seu louvor. Pois quando realizais frequentes reuniões, são aniquiladas as forças de Satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé. Nada há melhor do que a paz, pela qual cessa a guerra das potências celestes e terrestres.” (Carta aos Efésios)
Quanto mais amarmos Jesus Eucarístico, mais seremos
semelhantes a Ele. Se Ele pudesse, sem dúvida, derramaria lágrimas copiosas no
Sacrário por cada um de nós.
Foi preciso que um ladrão adorasse Sua divindade e
proclamasse Sua inocência; foi preciso que a natureza chorasse o seu Criador,
já que os homens não o fizeram.
À Consolata Bertone Ele perguntou: “O que mais Eu
poderia ter feito por vós?”.
Não se preocupe em sentir nada na comunhão; apenas
creia pela fé. Ele disse: “Isso é o meu corpo”. Basta. Não precisamos de mais
nada. “Felizes aqueles que crêem sem ter visto… Não seja incrédulo, mas homem
de fé” (Jo 20, 28-29).
São Cirilo de Jerusalém (315-386), nas suas
pregações na Basílica do Santo Sepulcro, falava aos fiéis: “Ao comungarmos o
Corpo de Cristo, tornamo-nos “cristóforos”, ou seja, portadores de Cristo”.
Santo Agostinho (354-430) chamava a Eucaristia de
“o pão de cada dia, que se torna como o remédio para a nossa fraqueza de cada
dia.” E ainda: “Ó reverenda dignidade do sacerdote, em cujas mãos o Filho de
Deus se encarna como no Seio da Virgem”. “A virtude própria deste alimento
divino é uma força de união que nos une ao Corpo do Salvador e nos faz seus
membros, a fim de que nos transformemos naquilo que recebemos”.
São Cipriano de Cartago (†258), durante a
perseguição romana, dizia: “Os fiéis bebem diariamente do cálice do Senhor,
para que possam também eles derramar o seu sangue por Cristo” (Epistola 56, n.
1).
Todos os Santos foram devotos da Eucaristia;
aprendamos com eles:
São Jerônimo (348-420), doutor da Igreja, assim
falou da Missa: “Nosso Senhor nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa
Missa: o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe
e que, entretanto, nos é necessário”.
São João Maria Vianney, patrono dos párocos: “Se
conhecêssemos o valor do Santo Sacrifício da Missa, que zelo não teríamos em
assistir a ela!”. “Cada Hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em
um coração humano”.
São Bernardo de Claraval (1090-1153), doutor da
Igreja: “Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só
Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a
terra”. “A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade
principalmente”. “Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de
nós, montam guarda de amor os anjos”.
Santa Teresa D’Avila (1515-1582), doutora da
Igreja: “Não há meio melhor para se chegar à perfeição”.“Não percamos tão
grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a
hospedagem se o recebemos bem”. “Devemos estar na presença de Jesus
Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”. “É pelo
preparo do aposento que se conhece o amor de quem acolhe o seu amado”, dizia
Santa Tereza.
São Tomás de Aquino (1225-1274): “A Comunhão
destrói a tentação do demônio”.
São João Crisóstomo (349-407), doutor da Igreja: “A
Eucaristia dá-nos uma grande inclinação para a virtude, uma grande paz e torna
mais fácil o caminho para a santificação”.“Deu-se todo não reservando nada para
si”. “Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor”
(Ct 2,4-5)”.
Santo Ambrósio (340-397), doutor da Igreja: “Eu que
sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance.”
São Gregório Nazianzeno (330-379), doutor da
Igreja: “Este pão do céu requer-se que se tenha forme. Ele quer ser
desejado”.“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama, de modo que,
retirando-no do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis
ao inferno.”
Santo Agostinho (354-430), doutor da Igreja: “Ele
se esconde, porque quer ser procurado”. “Não somos nós que transformamos Jesus
Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus
Cristo que nos transforma n’Ele”. “Na Eucaristia, Maria perpetua e estende a
sua maternidade.”
Santo Afonso de Ligório (1696-1787), doutor da
Igreja: “A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade
no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige
oração, mortificação e recolhimento.”
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa
vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará
mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a
eternidade”.
Santa Maria Madalena de Piazzi: “Tempo mais
apropriado para crescer no amor de Deus”.”Os minutos que vêm depois da comunhão
– dizia a santa – são os mais preciosos que temos em nossa vida; os mais
apropriados de nossa parte para entender-nos com Deus e, da parte de Deus, para
comunicar-nos o seu amor”.
Santa Teresinha (1873-1897), doutora da Igreja:
“Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas
para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua
delícias”.
“Quando o demônio não pode entrar com o pecado no
santuário de uma alma, quer, pelo menos, que ela fique vazia, sem dono e
afastada da comunhão.”
Santa Margarida Maria Alacoque: “Nós não saberíamos
dar maior alegria ao nosso inimigo, o demônio, do que afastando-nos de Jesus, o
qual lhe tira o poder que ele tem sobre nós.”
São Filipe Neri: “A devoção ao Santíssimo
Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio
para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração
puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia.”
Santa Catarina de Gênova: “O tempo passado diante
do Sacrário é o tempo mais bem empregado da minha vida”.
São João Bosco: “Não omitais nunca a visita a cada
dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja
constante.”
Chiara Lubic: “Enquanto existir a Eucaristia eu
nunca estarei só. Enquanto existir um sacrário, não terei solidão”.
La madre Fondatrice attribuia tutto Il bene
operato, Le difficoltá superate e la forza nell´accettare serenamente i
disprezzi, le afflizioni e le contraddizioni “agli effetti della comunione
frequente” e diceva: “ é qui dove prenderete la forza contro le tentazioni e ritroverete il mezzo piú potente e facile
da farvi sante e presto sante”.
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